Parque Estadual Marinho Laje de Santos

O Parque Estadual Marinho Laje de Santos (PEMLS), distante cerca de 22 milhas náuticas da Baia de Santos (~ 40 km), é aberto a visitação pública, sendo um dos principais pontos de mergulho e fotografia submarina do País. O Parque inclui a Laje de Santos, os parcéis do Bandolim, das Âncoras, Brilhante, do Sul e Novo e os Rochedos (conhecidos como Calhaus), totalizando 5.000 hectares de área preservada com formato de retângulo (10.000 por 5.000 m).

A Laje de Santos apresenta formato que lembra uma baleia, com 550 m de comprimento, 33 m de altitude e 85 m de largura. O farol de sinalização da Marinha do Brasil está localizado no seu ponto mais alto. A declividade é mais acentuada no lado mais exposto às ondas (sul-sudeste) e mais suave no lado abrigado (norte-nordeste).

Praticamente não possui vegetação e abriga uma grande quantidade de aves marinhas residentes, que utilizam o local como área de reprodução e descanso; exemplos destas aves são: atobá marrom, trinta-réis e o gaivotão. Várias espécies que ocorrem no PEMLS encontram-se na listagem de fauna brasileira ameaçada de extinção.

O Parque faz parte da rota de várias espécies migratórias como baleias, golfinhos e aves marinhas. É uma importante área de alimentação de várias espécies, muitas das quais protegidas por convenções internacionais, como as baleias-de-bryde, as raias-manta, tartarugas marinhas e outras.

Sendo o PEMLS um dos principais pontos de mergulho e fotografia submarina do País, a principal atividade regulamentada existente dentro da área do Parque é a prática de mergulho livre e autônomo, portanto, o atual modo de gestão de uso público é voltado para navegação de embarcações turísticas e de operadoras credenciadas de mergulho.

Um dos maiores problemas na gestão do Parque é a ocorrência da pesca industrial, amadora e esportiva dentro dos seus limites, fato este que ocasiona não só a perda de biodiversidade como também gera desmotivação como atrativo de visitação.

História

O Parque Estadual Marinho Laje de Santos (PEMLS) foi criado em 1993 pelo Decreto nº 37.537, sendo o primeiro Parque Marinho do Estado de São Paulo. Seu objetivo é assegurar a proteção da flora, fauna, belezas cênicas e ecossistemas marinhos.

Atrações

Não é permitido desembarcar em terra. Na parte emersa da Laje é notória a presença de aves marinhas, como o trinta-réis, o gaivotão e o atobá-marrom.
No mergulho, é possível observar cardumes de peixes residentes e de passagem, como a raia-manta, animal símbolo do Parque, bem como várias espécies de crustáceos, esponjas, moluscos, corais e tartarugas. 

Principais espécies de fauna e flora:
  • Raias: Jamanta, Raia-prego
  • Aves: Atobá-marrom, Gaivotão, Petréo-do-cabo, Trinta-réis de bico vermelho
  • Mamíferos: Golfinho nariz de garrafa
  • Tartarugas: Tartaruga de pente, Tartaruga verde
  • Peixes: Bodião, badejo amarelo, Garoupa, Baiacu-pinima, Coió, sardinhas, olhetes, Donzela fogo, Garapoá, Maria da Toca, Peixe anjo-real, Peixe cirurgião, Pampo galhudo, Tesourinha de rabo amarelo, Papagaio cinza
  • Outros: Frade corais, esponjas, estrelas do mar, crustáceos, moluscos e caranguejos.
A Laje de Santos é o único lugar no Brasil com regulares avistagens de Baleias de Bryde (Balaenoptera edeni) e de Arraias Manta (Manta birostris), entre tantas outras espécies ainda pouco conhecidas por todos nós.

Localização

O Parque está localizado aproximadamente a 22 milhas náuticas da Baía de Santos, no rumo magnético 176º a partir do Farol da Ilha da Moela (distante da Baía de Santos cerca de 4 horas a 5 nós).

O Parque e suas restrições à pesca encontram-se demarcados na Carta Náutica 1711.

O parque é delimitado pelas seguintes coordenadas geográficas: 
  • 24° 15’ 48” S, 46° 12’ 00” W;
  • 24° 15’ 48” S, 46° 09’ 00” W;
  • 24° 21’ 12” S, 46° 09’ 00” W;
  • 24° 21’ 12” S, 46° 12’ 00” W.



Fundeio

As embarcações de passeio e turísticas, observando a regulamentação da administração do parque para cada atividade, poderão realizar fundeio dentro da área do PEMLS. 

Poitas: Existem poitas públicas destinadas às operadoras de mergulho e a outras embarcações.

Âncora: O lançamento de âncora somente poderá ser feito somente na área delimitada pelas seguintes coordenadas:
  • 24º 19,148´ S,  46º 10,929´ W
  • 24º 19,118´ S,  46º 10,961´ W
  • 24º 19,112´ S,  46º 10,977´ W
  • 24º 19,100´ S,  46º 10,973´ W

Principais pontos de mergulho 

Local
Coordenadas
Grau de dificuldade
Descrição
Portinho
S 24 19 05.1
W 46 1100.4
Baixo
A face norte é o local onde ocorrem a maioria dos mergulhos, com profundidade de até 22m, mais abrigado das correntes e fácil orientação.
Naufrágio Moréia
S 24 19 01.4
W 46 10 55.5
Baixo
Na face norte, próximo à ponta leste, pesqueiro de ferro com 15m de comprimento, estrutura em estado instável desaconselhando penetração, profundidade máxima 22m.
Piscinas
S 24 19 18.0
W 46 11 03.5
Médio
Na ponta oeste/sudoeste da Laje, ambiente com profundidade que varia de 10 a 35m e requer boa noção de orientação subaquática.
Parcel das Âncoras
S 24 19 18.6
W 46 1105.9
Alto
Fundo rochoso que se destaca da Laje em direção ao continente, apresenta estrutura complexa, exigindo boa orientação subaquática. Profundidade entre 18 e 42m. Presença de muitas âncoras de pesqueiros que ficaram engatadas no fundo rochoso. Sujeito a correntes.
Paredão da face sul
S 24 19 13.2
 W 46 10 48.7
Médio
Encosta rochosa íngreme que desce verticalmente até 42m de profundidade. Mergulhos feitos em "drifting" a favor da corrente. Formação com inclinação negativa entre 12 e 27m de profundidade do centro para leste.
Boca da Baleia
S 24 19 00.4
W 46 10 44.7
Alto
Fenda voltada para leste, com cerca de 50 m de extensão e profundidade média de 15 m. Requer excelentes condições de mar e direção de ondulação adequada para que se possa adentrar.
Calhaus Face Sul
S 24 19 41.7
 W 46 0933.4
Alto
Paredão levemente acidentado com incidência de correntes e profundidades que podem variar de 8 a 40m.
Calhaus Face Norte
S 24 19 37.8
W 46 09 42.0
Médio
Paredão levemente acidentado, com características de navegação subaquática semelhantes ao portinho da Laje, com profundidades que podem variar de 8 a 25m, passando a até 35m se houver afastamento das rochas na direção norte (sentido Laje).
Calhaus Túnel
S 24 19 40.8
 W 46 09 38.6
Baixo
Passagem em forma de ”U” e um arco central emerso, com grande apelo visual e profundidade
máxima de 18m, porém que oscila muito e exige bom equilíbrio hidrostático por parte do mergulhador. Sujeito a boas condições de mar para ser viável.
Parcel Novo
S 24 20 43.7
 W 46 10 26.3
Alto
Formação submersa localizada a cerca de 1,5 milhas náuticas ao sul da Laje que inicia aos 26m de profundidade e chega aos 45m. Exige mar em excelentes condições e preparo adequado dos mergulhadores. São raros os mergulhos no local, todavia há operação regular sempre que solicitado por   grupos específicos com treinamento técnico.
Parcel de Sudoeste
S 24 19 36.9
W 46 11 01.4
Médio
Formação submersa a cerca de 400m a sudoeste da Laje, inicia aos 8m e segue até os 42m. Requer mar em boas condições, mas a formação permite orientação e deslocamento mais simples.
Fonte: Parque Estadual Marinho da Laje de Santos.

Atividades proibidas

As seguintes atividades são proibidas no Parque Estadual da Laje de Santos:
  • Pesca, captura ou coleta de quaisquer organismo marinho.
  • Desembarque sem autorização na Laje de Santos.
  • Tocar ou perseguir qualquer exemplar de vida marinha.
  • Qualquer atividade que gere poluição ou impacto (esgotamento sanitário, limpeza de casco, etc).

Sede administrativa

Endereço da Sede: Rua Bartolomeu de Gusmão, 194 - Santos - SP. CEP: 11030-500
Telefone/Fax: (13) 3261-8323 / 3261-7154 / 3261-3445
E-mail: pem.lajedesantos@fflorestal.sp.gov.br
Site: www.fflorestal.sp.gov.br

Cobrança de ingresso e valor

Valor geral: R$ 6,00